REVISTA ÉPOCA – 07/02/2020 – SÃO PAULO, SP

CRESCE EM 40% NÚMERO DE BRASILEIROS QUE ESTUDAM NO EXTERIOR

ELISA MARTINS E SUZANA CORREA

Uma leva de jovens têm escolhido fazer as malas e cursar a graduação em universidades europeias, americanas e canadenses, diferentemente do que fizeram as gerações anteriores, que priorizaram cursos de pós-graduação ou temporadas mais curtas no exterior.

Uma das evidências desse movimento está nos números captados pelas agências especializadas em intercâmbio de estudantes. Somente em 2018, 50.400 brasileiros foram fazer graduação no exterior, um aumento de quase 40% em relação a 2017, segundo uma pesquisa feita pela Belta, uma associação que reúne empresas responsáveis por mais de metade do mercado de educação internacional no país.

“Há alguns anos, a graduação não aparecia tanto. Agora, passou a ser o segundo programa mais procurado, atrás apenas dos cursos rápidos de idiomas”, disse Maura Leão, presidente da Belta. Há 32 anos preparando brasileiros para estudar fora, a consultora Patricia Cas Monteiro observou um aumento exponencial na procura por cursos de graduação no exterior. E não apenas da clientela abastada a que atendia quase exclusivamente no passado.

“A maioria de meus alunos era de executivos interessados em MBA. Existia pouquíssima procura por graduação. A grande diferença no mercado hoje é que a busca por MBA diminuiu muito. Agora, preparo muitos dos filhos de quem cursou MBA para fazer a faculdade fora”, contou. O perfil também mudou. “Tenho trabalhado com alunos de classe média e bolsistas, e é impressionante quanto são dedicados, mesmo sem inglês perfeito”, contou Monteiro.

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