Por Gessyca Rocha, G1

“Depois da especialização, os estudos não acabam, ainda mais se você está na área digital. É preciso buscar cursos online, ir em eventos que expõe essas novas tecnologias, enfim, a área que mais exige isso é a programação”, conta a produtora de jogos Carolina Caravana.

De acordo com 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, do Ministério da Cultura, no Brasil, cerca de 50% dos profissionais são bilíngues ou multilíngues e pouco mais de 30% possuem jogos localizados em outro idioma e material de divulgação em inglês.

“Ter o conhecimento em outros idiomas é fundamental, principalmente o inglês, que é universal no mundo dos games”, conta Marcelo Tavares, criador da feira de videogames Brasil Game Show.

Para Marcelo Tavares, as empresas independentes são uma ótima vitrine para quem sonha em trabalhar fora do Brasil — Foto: Mateus Almeida/G1

Há quase 10 anos na indústria digital, Carolina Caravana, diz que buscar uma especialização e atualização não sai caro, porque existem diversos cursos gratuitos online. Segundo ela, o maior investimento para o iniciante será em um computador potente.

“Não é uma profissão cara, o primeiro passo é investir em um computador novo, hoje os softwares são mais acessíveis, quando eu comecei no Brasil não existia cursos, muitos tinham que ir para fora ou se profissionalizava em workshops da empresa”, conta Carolina Caravana.

Carolina Caravana, conta que atualiza o currículo por meio de cursos online atualmente

Como se destacar

Os especialistas apontaram as principais características para quem quer se dar bem no mundo dos games:

  • Buscar a formação e especialização mesmo sem a obrigatoriedade do diploma
  • Atualizar o currículo por meio de cursos online
  • Conhecer as novas plataformas de gameficação
  • Saber trabalhar em equipe

A Brasil Games Show reuniu cerca de 300 mil apaixonados por videogames na última edição 

Um dos setores mais procurados pelos estudantes são os estúdios de grande porte como as multinacionais Sony e Eletronic Arts Games, por exemplo. Porém, como este mercado é concorrido, uma das saídas é ingressar nos em estúdios independentes, que muitas vezes servem como vitrines.

“Muitas multinacionais usam os seus profissionais como ‘caçadores de talentos’ e quem se destaca aqui nas feiras e congressos independentes vai para fora do Brasil”, conta Marcelo Tavares.

Entre 2013 a 2018, segundo Ministério da Cultura, o número de estúdios de pequeno porte que desenvolvem jogos no Brasil passou de 142 para 375. Para Marcelo Tavares, foi possível perceber a presença dessas empresas na feira Brasil Game Show de 2018.

“Mesmo que a pesquisa não esteja mostrando esse universo como um todo, já dá para perceber o potencial desse mercado. Na Brasil Game Show desse ano, por exemplo, serão 118 empresas independentes com equipes pequenas, que variam de 5 a 30 pessoas, ou seja, é um bom número de empregabilidade” explica.

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