Tchau, professores? Como nova IA do Google resolve lições difíceis e mais

Guilherme Tagiaroli, De Tilt-UOL, em São Paulo*

Sabe aquela lição de casa complexa de física que você não consegue resolver? O Google vai te ajudar. Pelo menos é o que promete a atualização do Bard, chatbot de IA (inteligência artificial) da empresa, que começa a ser liberada hoje gratuitamente — inicialmente apenas em inglês, mas que deve ser disponibilizada em português em breve.

Com a atualização, você poderá subir a foto de uma folha com os exercícios de física anotados (à mão mesmo), e o Bard vai automaticamente reconhecer e indicar quais estão certos e errados. Depois, você ainda pode pedir para ele explicar o que está errado (diga: “me explique como resolver esse problema”).

Segundo o Google, com a inclusão do Gemini Pro ao Bard este se torna o modelo de inteligência multimodal mais avançado do mundo.

Por multimodal, entenda que é um sistema que foi treinado com áudio, imagem e texto ao mesmo tempo, o que permite que ele entenda, por exemplo, problemas matemáticos que estejam em uma folha impressa anotada.

Na prática, você consegue subir um arquivo de áudio, imagem ou texto e o sistema vai entender do que se trata. A partir disso, você poderá fazer perguntas.

A demonstração chama a atenção, pois mostra como o uso da inteligência artificial poderá auxiliar no trabalho de professores da área de exatas — segmento que até então os sistemas de inteligência artificial costumavam ir mal, pois boa parte dos modelos disponíveis tinha sido treinada apenas com texto.

Outra área de influência é a programação. O Google explicou que o Gemini consegue criar códigos avançados nas linguagens Python, C++, Go e Java.

Com isso, o Google quer se diferenciar da OpenAI, que faz o ChatGPT.

O GPT4, modelo mais avançado do ChatGPT, também consegue ler e interpretar distintos modais, como imagem, mas está disponível apenas para pagantes (com mensalidade de US$ 20 — cerca de R$ 100).

Além disso, o chatbot já foi alvo de críticas por não ser tão bom em matemática — algo que a empresa diz estar melhorando para os implementar assim que disponível.

Não custa lembrar que apesar das demonstrações, todas as inteligências artificias ainda estão suscetíveis a “alucinarem”. Ou seja, quando não entendem, elas criam uma resposta que pode parecer convincente, mas não faz o menor sentido.

Para o próximo ano, o Google promete liberar o que eles chamam de Gemini Ultra, uma atualização que também permitirá analisar vídeos, além de imagem, textos e áudios.

*Portal UOL, https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2023/12/06/google-gemini-pro-bard.htm, 16/12/2023

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