Folha de São Paulo, Especial, quinta-feira, 27 de setembro de
2012

Cursos de rádio e TV e De cinema vão além da direção

A DIFERENÇA ENTRE ESSAS GRADUAÇÕES É O FOCO
EM UM TIPO DE PRODUTO

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Tornar-se um grande diretor de TV ou de cinema costuma ser o sonho de quem opta
por cursos como rádio e TV, cinema e audiovisual.


“Tem muita gente querendo ser um novo Glauber Rocha. Isso é romantismo”, diz
Vera Egito, 30, diretora e roteirista graduada em audiovisual pela USP.


Mas o campo de trabalho para esses profissionais é bem mais amplo. Vera, por
exemplo, achou que trabalharia com foto, mas mudou de ideia durante a graduação.


“É bem importante olhar com calma o currículo do curso que você vai fazer. Às
vezes, um semestre com uma matéria muda sua vida, abre seus olhos”, afirma.


O curso de audiovisual da USP é resultado da união dos antigos de rádio e TV e
de cinema e vídeo da universidade. Apesar de abordar todos os campos do
audiovisual, a graduação mantém a preponderância em cinema.


Tanto as graduações em rádio e TV quanto as em cinema e audiovisual trabalham
várias técnicas de linguagem, como roteiro, planejamento, pauta, estúdio,
sonorização, direção, edição e produção. A diferença entre esses cursos é o foco
em um tipo de produto.


No cinema, o planejamento de longo prazo de obras de ficção e de documentários,
com possibilidades de estudo e reflexão maiores, fazem parte da essência do
curso.


Já em rádio e TV o profissional trabalhará com uma variedade maior de formatos e
dinâmica cotidiana mais acelerada, tendo que lidar com o improviso.


“Quem vai trabalhar com novela faz um filme a cada dois dias. É pressão e
adrenalina o tempo todo”, diz o professor Renato Tavares, da Anhembi Morumbi.


Como o uso de equipamentos é fundamental para ambas as áreas, é importante saber
se a escola permite o empréstimo de câmeras e software necessários para o
aprendizado prático. Em algumas instituições, só o técnico pode mexer.



(PIT)



MIDIOLOGIA


Criado na Unicamp em 2004. Em período integral, discute e estuda as interações
entre diversas mídias audiovisuais, como computação gráfica, televisão, cinema e
fotografia. Seu foco é o pensamento crítico e reflexivo sobre as atividades de
mídia, por isso a formação é menos prática e mais teórica. O profissional pode
trabalhar como cineasta, fotógrafo, produtor musical, analista de redes sociais
ou atuar no setor de comunicação de empresas



IMAGEM E SOM


O curso foi criado em 1996 no departamento de artes da UFSCar. Há aulas
teóricas, passando pelo estudo introdutório de direção, montagem,
cinematografia, produção e roteiro

 

 


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