Revista Veja 23/05/2012 

DISPUTADO, BEM PAGO E À PROVA DE CRISE

Quem é o profissional que toda grande empresa
contrataria imediatamente e a qualquer preço, segundo setenta líderes de mercado
ouvidos por VEJA.

Se você é engenheiro civil, cursou pós-graduação em
finanças e outra em gestão de projetos, atua há pelo menos dez anos no mercado,
fala inglês, espanhol e arranha um mandarim, não faz questão de morar em um
grande centro, não se im­porta em viajar regularmente, já fez algum tipo de
trabalho voluntário na vida e, em algum momento, estudou ou trabalhou no
exterior, parabéns. Para as maiores empresas brasileiras, você é a visão da
terra prometida, a última Coca-Cola gelada do deserto, o profissional que todas
sonham em contratar. Mais do que isso, você tem tudo para merecer um salário que
já começa em cinco dígitos (e vai subindo a perder de vista) e não terá de se
preocupar em procurar emprego na próxima década – ele virá correndo até você.

Para chegar ao perfil do profissional mais cobiçado
do mercado, a reportagem de VEJA ouviu diretores e presidentes de setenta
companhias líderes nos setores mais pujantes da economia de acordo com a sua
participação no PIB. São eles: tecnologia da informação, financeiro,
agronegócio, energia, construção, extração mineral e indústria, logística e bens
de consumo (alimentação e higiene). As entrevistas, com a orientação de quatro
especialistas em carreira, economia e engenharia, revelaram dados
surpreendentes. Um deles: o profissional desejado pelas empresas brasileiras não
é mais aquele que domina fundamente a sua área de conhecimento. Ou melhor, não é
mais aquele que domina APENAS a sua área de conhecimento. Em todos os nove
“setores pesquisados, o profissional mais raro e disputado é invariavelmente um
“combo”: um agrônomo que entende de biotecnologia, por exemplo, ou um engenheiro
naval com especialização em petróleo e MBA em gestão de pessoas. Em todos os
casos, o que se busca, basicamente, é um profissional que alie ao conheci­mento
técnico a capacidade de gerir um negócio. Para o engenheiro naval, por exemplo,
não basta que ele seja perito em fazer cálculos e erguer plataformas de
petróleo. É preciso que tenha conhe­cimento e habilidade para lidar com
empregados nas diversas fases da pro­dução e eventualmente interagir com a
população que será afetada pela construção da plataforma.

Das dez graduações mais pedidas pelas empresas dos
setores pesquisados, sete são algum tipo de engenharia, o que se explica pelo
descompasso en­tre as necessidades do mercado e a redução recente das
universidades. “Nos últimos vinte anos não houve grandes projetos de engenharia
no Brasil”, afirma Leandro de Aguiar, presidente Andrade Gutierrez Enge­nharia.
Trata-se de um cenário bem diferente do atual, com vultosos investimentos
externos e da parte do governo federal. “Essa estagnação no período recente fez
com que não formássemos profissionais em número suficiente para suprir a demanda
que temos hoje.”

Mais do que engenheiros, no entan­to, as empresas
desejam que seus me­lhores funcionários saibam lidar com dinheiro – e consigam,
por exemplo, elaborar projetos com reais chances de sair do papel. Para isso,
eles têm de dar asas à criatividade mantendo os olhos no orçamento, nos preços,
na concorrência e nos lucros. É por esse motivo que a maior parte dos
empregadores entrevistados por VEJA disse considerar ideal o casamento entre
duas pós-graduações: em finanças e em gestão de projetos. As qualificações que
elas oferecem ainda trazem outro bônus. Servem tanto para ajudar a expandir
negócios em períodos de bonança como para blindá-los em momentos de crise. Nas
páginas seguintes, VEJA mostra quais são os profissionais que têm o futuro
garantido nos setores mais promissores da economia.

AS 8 CARACTERÍSTICAS DO PROFISSIONAL MAIS COBIÇADO DO MERCADO

1.    É engenheiro civil. Por quê: o Brasil
quadruplicou seus investimentos em infraestrutura nos últimos 10 anos, mas o
número de engenheiros formados permaneceu insuficiente.

2.    Tem pós-graduação ou MBA em Finanças. Por quê:
com a crise econômica de 2008 e a necessidade de ganhar novos mercados, as
empresas passaram a buscar profissionais com um olho na sua área e outro no
orçamento, nos preços e na concorrência.

3.    Estudou ou trabalhou no exterior. Por quê: quem
viveu fora do país tende a se adaptar mais facilmente a novas situações e
mudanças inesperadas.

4.    Já fez algum tipo de trabalho voluntário. Por
quê: na visão de empregadores, a experiência acrescenta duas qualificações
preciosas ao profissional – facilidade para trabalhar em equipe e curiosidade em
conhecer novas realidades.

5.    5. Cursou um MBA em Gestão de Projetos. Por
quê: é o tipo de conhecimento que habilita o profissional a ajudar sua empresa a
se expandir. Permite, por exemplo, que ele coordene o investimento em novos
produtos ou a abertura de uma unidade.

6.    Fala inglês, espanhol e tem noções de mandarim.
Por quê: depois da China, o Brasil é hoje o país que mais recebe investimentos
externos em projetos.

7.    Tem ao menos dez anos de atuação no mercado.
Por quê: os últimos solavancos da economia não deixaram espaço para iniciantes.

8.    Não se importa de morar em lugares distantes
dos grandes centros. Por quê: os negócios do Brasil se expandem cada vez mais
para longe dos centros urbanos. As empresas querem gente capaz de prospectar
novos mercados e liderar a abertura de filiais.

PROMOÇÃO ANO SIM, ANO NÃO

Leonardas Mitrilus, gerente executivo da construtora
Camargo Corrêa, costumava receber, de algum headhunter profissional, ao menos
uma proposta de emprego anualmente. Nos últimos dois anos, porém, passou a
receber três ofertas anuais. O crescimento nos investimentos em infraestrutura
fez profissionais como ele valerem ouro. Formado em engenharia civil pela
Unicamp, com MBA em administração financeira, uma especialização em economia,
inglês, espanhol e francês fluente e um ano de intercâmbio em Bruxelas,
Leonardas tem um currículo que faria chorar de felicidade dez entre dez gerentes
de RH. Ele começou na empresa como trainee e, formado, passou três anos
trabalhando na construção da usina hidrelétrica de Porto Primavera, na divisa de
São Paulo com o Paraná e Mato Grosso do Sul. Nos fins de semana, viajava por uma
hora e meia até Presidente Prudente para assistir às aulas do MBA. De volta a
São Paulo, assumiu a área de negócios estruturados. Hoje, aos 39 anos, gerencia
todo o planejamento comercial e estratégico dos projetos da empresa. Nos últimos
cinco anos, já foi promovido três vezes.

AGRONEGÓCIO

O MULTIPLICADOR DE GRÃOS

As oito empresas de agronegócio entrevistadas por
VEJA concordaram que o engenheiro agrônomo é hoje o profissional mais solicitado
do setor e três delas disseram considerar essencial que ele tenha especialização
em biotecnologia. Esse conhecimento é o que possibilitará que a agroindústria
continue aperfeiçoando seus métodos de produção. Desde a ­chamada Revolução
Verde, iniciada na década de 60, o uso de defensivos, fertilizantes e o
melhoramento genético de sementes – além da mecanização – resul­taram num
extraordinário salto de produtivi­dade agrícola. No Brasil, o volume de grãos
dobrou nos últimos vinte anos. As empresas esperam continuar aumentando esse
ritmo de crescimento e, para isso, contam com o desenvolvimento de novas
tecnologias. Por causa do crescimento das exportações do agronegócio brasileiro
– elas atingiram 89 bilhões de dólares em 2011,25% a mais do que em 2010 -, um
candidato com MBA na área de administração, com ênfase em mercado internacional,
seria mais do que bem-vindo, disseram três diretores. Outro item obrigatório no
perfil do candida­to ideal é a disponibilidade para morar longe dos grandes
centros, onde a produção realmente acontece.

ALIMENTAÇÃO E HIGIENE

O CRIADOR DE BELEZA

No setor de produtos farmacêuticos e de beleza, a
estrela da vez é o engenheiro químico ou farmacêutico que trabalha na criação de
produtos da área de dermocosméticos. O mercado brasileiro de higiene e
cosméticos é um dos que mais crescem no mundo. O problema é que as necessidades
do setor são tão específicas que as próprias companhias tiveram de desenvolver
cursos para atender às suas necessidades, como a Johnson & Johnson, por exemplo.
Em média, um engenheiro químico especializado ganha 20 000 reais por mês. Já nas
empresas voltadas para a alimentação, outra área que se expandiu com o aumento
da renda, a busca é por profissionais formados em ciência da computação. Sua
missão é criar sistemas de gerenciamento de filiais e de funcionamento das
fábricas. Terão emprego assegurado os que apresentarem pós-graduação em gestão
de projetos – para coordenar a integração dos sistemas de informática – e
habilidade para operar ferramentas como a SAP, nome dado à tecnologia líder que
cria, por exemplo, sistemas de controle de estoque.

CONSTRUÇÃO

O ENGENHEIRO QUE GERENCIA

A formação pode variar em decorrência da área de
atuação da empresa, mas o profissional mais almejado pelas empreiteiras hoje é o
gerente de contrato, a quem cabe coordenar todas as etapas de uma obra. Por ele,
as empresas estão dispostas a pagar até 30000 reais por mês. Seis das nove
companhias entrevistadas disseram confiar o cargo a engenheiros civis, duas
citaram os engenheiros mecânicos e outra optou pelo engenheiro naval. Cinco anos
de experiência no ramo e mais uma especialização técnica em rodovias, estruturas
ou, como pedem três dos executivos entrevistados, petróleo ­completariam o
perfil do profissional dos sonhos das construtoras. Oalton Santos Avancini,
presidente da Camargo Corrêa, acrescentou mais um item ao pacote: um MBA em
gestão de pessoas. “Em muitas cidades pequenas em que fazemos grandes obras, o
nosso gerente de contrato precisa saber mais do que administrar os funclonárlqs
sob o seu comando: precisa ser capaz de construir uma boa relação com a
população local”, diz ele.

OS HEADHUNTERS NÃO A DEIXAM EM PAZ

O salário da engenheira civil carioca Verônica
Mattos, de 38 anos, teve três gordos aumentos nos últimos cinco anos. Desde que,
em 2010, ela se tronou a número 2 da empresa criada pela multinacional Endesa, a
Pratil, especializada em desenvolvimento e venda de serviços e produtos como
seguros e soluções em engenharia, começou a receber cinco propostas de emprego
por ano. Antes, Verônica era chefe do departamento comercial de outra empresa da
Endesa. Ela conta que o assédio dos headhunters, como são chamados os
recrutadores profissionais, já a deixou constrangida. “Eles buscam o perfil pela
Internet e ligam diretamente para o meu escritório.” Em contrapartida, diz, “não
deixa de ser um alívio pensar que, enquanto muitos colegas ficaram desempregados
por causa da crise, eu tive oportunidade de crescer”. Verônica tem dois MBAs –
em engenharia econômica e organização industrial e management. Decidiu fazer os
cursos para dominar outras áreas estratégicas da empresa, onde trabalha desde
1997. “Comecei construindo lojas, atividade ligada à engenharia civil. Depois
das especializações, passei pelos setores financeiro, comercial e de festão de
pessoas. Foram experiências fundamentais para que eu conseguisse o meu cargo
atual.”

ELETRICIDADE E GÁS

O ESPECIALISTA ANTlAPAGÃO

Engenheiro eletricista com no mínimo quinze anos de
profissão, experiência na construção civil e pós-gradua­ção em gestão de
projetos: no setor de eletricidade e gás, você vale ouro. Se tiver domínio dos
chamados sistemas elétricos de potência, então, poderá escolher onde quer
trabalhar. O conhecimento da cadeia operacional que . engloba geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica é crucial, por exemplo, para
prevenir a ocorrência de apagões. Com essa ferramenta, o engenheiro eletricista
pode avaliar as possibilidades de abastecimento de energia em estados que estão
passando por período de seca ou decidir para onde vai a sobra energética de
regiões com intenso período de chuvas. Neste momento, a maioria desses
profissionais já estuda os impactos das usinas de santo Antônio e Jirau na
distribuição de energia do país. Em breve, esse conhecimento valerá ouro.
Financeiro

FINANCEIRO

O ECONOMISTA DIGITAL

Empresas do setor financeiro procuram, sobretudo,
economistas. Mas um, em particular, é hoje especialmente cobiçado por bancos,
seguradoras e empresas de meios de pagamento: o economista especializado em
tecnologia digital. Esse profissional é essencial para que as empresas do setor
estejam sintonizadas com as novidades do ramo – no mês passado, pela primeira
vez, as transações bancárias remotas (por intemet ou celular) ultrapassaram as
físicas (feitas diretamente em agências ou em.caixas eletrônicos). Aos
profissionais do futuro das financeiras caberá finalizar essa transição de forma
eficaz e segura. Especializações em gestão de riscos e conflitos também são
bem-vistas pelos empregadores: três das empresas entrevistadas disseram
considerar que os cursos ajudam a capacitar o profissional para algumas das
tarefas mais delicadas que o setor exige: negociar com habilidade e tomar
decisões em situações extremas, como no caso de desajustes sérios de mercado.

EXTRAÇÃO MINERAL E INDÚSTRIA

O QUíMICO POLITICAMENTE CORRETO

Um engenheiro químico ou de minas, com especialização
em meio ambiente e fluência em inglês, espanhol e mandarim, é o tipo de
profissional que faz brilhar os olhos dos recrutadores de talentos nas
minera­doras e indústrias de transformação. As empresas desse setor têm nas
grandes companhias internacionais alguns de seus maiores clientes, o que exige
que se adaptem a elas. Mas multinacionais dão muita importância, por exemplo, à
questão do meio ambiente e da segurança no trabalho. Assim, necessitam que suas
parceiras no Brasil sigam padrões igualmente rígidos nessas áreas. Precisamos de
profissionais que consigam atingi-los , diz Ricardo Ribeiro, diretor de
segurança, saúde e meio ambiente da Anglo American. Esses engenheiros serão os
responsáveis por certificar que tudo o que as empresas fazem está de acordo com
as leis ambientais e que suas práticas são sustentáveis. Por esse trabalho,
recebem em tomo de 20000 reais mensais.

QUALIFICAÇÃO SOB MEDIDA

O custo de esperar pela modernização do ensino ou de
buscar um profissional pronto no mercado é muito alto. Por isso, proliferaram
nos últimos cinco anos parcerias de grandes empresas com faculdades em cursos de
pós-graduação e MBA, e houve a criação de universidades corporativas. A empresa
de logística ALL, por exemplo, opera com transporte ferroviário, setor
desprezado pelas faculdades. A solução para capacitar seus funcionários foi
criar, em 2009, uma pós-graduação em engenharia ferroviária em parceria com a
Universidade Positivo. O curso tem duração de um ano e ensina todo o
funcionamento da cadeia ferroviária. A Vale, que também depende do transporte
ferroviário, oferece especializações em ferrovias, porto e mineração, em um
acordo com universidades federais. “Não formamos só para nós mesmos. Precisamos
que nossos parceiros também tenham profissionais capacitados, para que nos
prestem bons serviços”, diz Maria Gurgel, diretora de recursos humanos da Vale.
A Procter e Gamble fez uma parceria com a Fundação Instituto de Administração
(FIA) para ministrar aos seus funcionários um MBA em gestão de liderança. O
objetivo é formar bons gestores de projetos para a criação de um novo produto ou
a ampliação de uma fábrica, por exemplo. Outras empresas apostam em programas de
estágio para formar seus futuros líderes. “Hoje, seis em cada dez empresas, têm
programas de treinamento. Dez anos atrás, tínhamos metade disso”, afirma Leyla
Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). A
Unilever tem 12 000 funcionários em todo o Brasil e diz que grande parte deles
começou do zero na multinacional. “Esses cursos são uma forma encontrada pelas
grandes companhias para dar o conhecimento prático aos estudantes, que, em
geral, aprendem só teoria na faculdade”, afirma Divonzir Gusso, pesquisador do
Ipea. Por isso, muitas empresas enfatizam que é muito difícil conseguir o
primeiro emprego se o profissional não fez estágio na área, mesmo que tenha bom
currículo acadêmico. A oferta de cursos e um plano de carreira são fórmulas
eficientes encontradas pelas companhias para reter sua mãe de obra capacitada e
evitar que ela seja “roubada” pela concorrência.

VAREJO

O VENDEDOR CONECTADO

O futuro do varejo é o e-commerce, ou o comércio
on-line. Por isso, administradores com especialização nessa modalidade de
negócio são os profissionais mais requisitados pelas grandes vendedoras do país.
“Por causa da demanda, dobramos o pessoal do nosso site de vendas três vezes só
no ano passado”, diz Narita Oliveira, diretora de recursos humanos do Grupo Pão
de Açúcar. O fato de esse ramo de atividade ter surgido apenas recentemente toma
ainda mais estratégica a figura do administrador. É ele o profissional que detém
os conhe­cimentos necessários para realizar mudanças estruturais em empresas e
desenhar novos modelos de negócios. Por ele, pagam-se entre 15000 e 20000 reais
por mês.

LOGÍSTICA

O PERITO EM LEVA E TRAZ

O profissional que povoa os sonhos do setor de
logística é o engenheiro, civil ou de produção, capaz de criar mapas de
distribuição eficientes e econômicos para transporte de produtos. Chamado de
roteirizador, esse profissional é fundamental para ajudar o setor a acompanhar o
crescimento das vendas de alimentos e eletrodomésticos, por exemplo. Um
excelente roteirizador, segundo as cinco empresas ouvidas por VEJA, tem de ter
pós-graduação em planejamento de transportes. As mais recomendadas foram a de
logística e distribuição, da RA, e a de logística empresarial, da FGV. Esses
cursos fornecerão os conhecimentos que a função exige: legislação de
transportes, formação de preços e controle de armazenagem. Se a companhia também
atuar fora do país, um curso em comércio exterior cairá muito bem. E o feliz
contrata­do ganhará, pelo menos, 11 000 reais por mês.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

O CRIADOR VIRTUAL

O profissional mais desejado pelas empresas do setor
de tecnologia da informação é o formado em ciência da computação ou análise de
sistemas. Nas operadoras de telefonia – que viram a sua base de clientes mais do
que dobrar em cinco anos, com a emergência da classe C -, será disputado a tapa
aquele que souber desenvolver e aprimorar, por exemplo, programas de compras de
filmes pela televisão e sistemas de cobrança. Em empresas como o Google e a
Microsoft, os mais procurados são os capazes de criar aplicativos de sucesso
para smartphones e programas de gerenciamento para grandes companhias. Para
entrar nesse ramo, é preciso dominar, além das linguagens básicas de
informática, como C++ e Java, outras, mais avançadas, como Python e Ajax (usadas
para desenvolver programas como os de reservas de voo pelos sites das
companhias). As empresas também cobiçam o profissional que tenha cursado um MBA
na área de finanças – em tempo integral, porque isso permite que ele se dedique
só ao desenvolvimento de ideias. Daniela Sicoli, gerente de recursos humanos da
Microsoft Brasil, diz que a empresa incentiva o curso da Esade Escola de
Negócios, em Barcelona (Espanha), que está entre as melhores da área no mundo e
tem parceria com outras universidades.

 

 


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