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Folha de São Paulo, Empregos, domingo, 30 de setembro de
2007


Empresas colhem gestor
ambiental

Novos departamentos de sustentabilidade pedem profissional com olhar
multidisciplinar

LIA VASCONCELOS, RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO, COLABORAÇÃO
PARA A FOLHA

No ritmo da preocupação mundial com equilíbrio
ambiental, social e econômico, empresas semeiam os primeiros passos na jornada
para adotar conceitos sustentáveis.

Essa nova prioridade já rende bons frutos a
profissionais afinados com o tema, especialmente aos que amadureceram a
capacidade de gestão e o olhar multifacetado tanto sobre a companhia como sobre
questões socioambientais.

“As empresas estão mudando o foco de ambiente para uma
visão mais integrada de sustentabilidade. Antes cuidavam dessa área de forma
fragmentada. Agora buscam centralizar esse assunto em uma diretoria”, avalia
Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-SP
(Fundação Getulio Vargas de São Paulo).

Segundo ele, as companhias mais adiantadas nesse
processo são as maiores, as mais globalizadas e as que têm capital aberto, já
que há um índice especial para avaliar as empresas sob um viés socioambiental.

Trata-se do ISE (Índice de Sustentabilidade das
Empresas), que reúne na Bovespa as firmas de capital aberto com as melhores
práticas sustentáveis. De 28 em 2006, as participantes passaram a 34 neste ano.

“Procuram consultores para se adequar aos quesitos do
ISE e reforçam seus quadros de profissionais por causa disso”, argumenta Monzoni.

Segundo especialistas, os bancos largaram na frente na
organização de departamentos especializados em analisar questões
socioambientais.

“Preocupam-se também empresas que geram impacto
ambiental, como as de mineração, papel e celulose, cimento e energia”, diz José
Augusto Drummond, professor de fundamentos das ciências ambientais do Centro de
Desenvolvimento Sustentável da UnB (Universidade de Brasília).

 

À procura de especialistas

Para ele, uma combinação de motivações leva a adotar o
enfoque sustentável: a legislação ambiental tem sido aplicada com mais rigor, e
investidores e consumidores têm optado por produtos com esse perfil.

“As companhias se deram conta de algo simples. Limpar a
produção aumenta a produtividade e diminui a ineficiência, pois se consomem
menos água, matéria-prima e energia”, diz.

Além disso, diversificam o leque da formação e buscam
profissionais que antes não mandavam currículos para cargos de gestão, como
biólogos, antropólogos e geólogos.

Alguns recebem treinamento na firma. Outros buscam
entender assuntos técnicos cursando pós-graduação em temas ligados à
sustentabilidade.

De acordo com Priscilla Navarrette, formada em direito e
hoje consultora em desenvolvimento sustentável, o maior desafio do novo
profissional é orquestrar o processo de transformação dentro da empresa.

“Influenciar decisões exige paciência e persistência.
Além disso, bom conhecimento sobre gestão de negócios e criatividade são
bem-vindos.”


Colaborou BRUNA MARTINS FONTES, da Redação

O QUE É SUSTENTABILIDADE?

Nas empresas, o conceito engloba quatro conceitos-chave:
eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança
corporativa.

 


Valorização de ações impulsiona mudança interna

Índice verde leva empresas
a organizar e monitorar políticas sociais e ambientais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não demorou para que o ISE
(Índice de Sustentabilidade das Empresas), criado em 2005, ganhasse adeptos de
peso, especialmente no setor industrial.

Entre as firmas de capital
aberto que passam por essa avaliação da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo)
há grande participação de empresas energéticas, financeiras e da indústria de
base.

Essa adesão tem rendido
frutos: neste ano, as 34 companhias listadas, de 14 setores, totalizaram R$
700,7 bilhões em valor de mercado -48,5% da capitalização total da Bovespa. De
dezembro de 2005 a agosto de 2007, o ISE teve valorização de 65,41% -a do
Ibovespa foi de 71,19% nesse período.

Para se manter nessa carteira,
diretorias estão de olho no grau de alinhamento de suas políticas com os
parâmetros do ISE, índice composto de ações emitidas por corporações com alto
grau de comprometimento com sustentabilidade e responsabilidade social.

As mais bem avaliadas têm
algumas características em comum: contam com instrumentos de gestão de
sustentabilidade e produzem relatório sobre o assunto, têm políticas na área
formalizadas e implementadas, estabelecem metas de desempenho e fazem prestação
de contas com transparência.

 

Mudança de ares

“Cuidar do ambiente significa
reduzir custos, e isso atrai investidores, que preferem empresas sem passivos
ambientais, econômicos ou jurídicos”, diz Durval Nascimento Neto, gerente de
meio ambiente da ALL (América Latina Logística), que está na carteira do ISE.

As empresas energéticas se
destacam entre as participantes do indicador e checam constantemente suas
políticas.

“Implemento ações e reforço o
que já existe para melhorar os nossos índices de sustentabilidade”, diz Ricardo
Camargos, engenheiro mecânico e analista de meio ambiente da Cemig.

Aproveitando a crescente
atenção dada a essas questões e as mudanças que companhias promovem
internamente, Susie Pontarolli mudou de ares dentro da Copel (Companhia de
Energia Elétrica do Paraná).

Formada em comunicação social,
ela hoje é coordenadora de responsabilidade social. Algumas de suas atribuições
são disseminar conceitos sustentáveis dentro da empresa, atender a demandas da
comunidade e acompanhar os indicadores da companhia.

Ela comenta que o mercado de
investimento socialmente responsável tem crescido muito, e as empresas devem
acompanhar esse ritmo. “Parece que finalmente caiu a ficha do empresariado de
que investir em empresas sustentáveis é o único negócio”, avalia.

(RGV e LV)

Novo
corretor negocia créditos de carbono

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A movimentação financeira em
torno do assunto criou um novo mercado: o de corretagem de créditos de carbono.

Funciona assim: as empresas
que conseguem reduzir a emissão de gases do efeito estufa obtêm certificados,
chamados de créditos de carbono ou redução certificada de emissões.

Uma tonelada de dióxido de
carbono equivale a um crédito. Esses certificados podem ser negociados no
mercado internacional. Países ou indústrias que não conseguem atingir as metas
de redução de emissões tornam-se os compradores.

“Na corretagem de carbono,
você circula o preço que o cliente quer por um portfólio de clientes”, explica
Divaldo Rezende, 42, corretor e representante da Cantor CO2 (serviços
financeiros para mercados de energia e ambiente).

(RGV)

 

PROFISSÕES
VERDES

Roteiro de
funções do gestor é bem diversificado

Administrador checa desde
indicadores até bem-estar de funcionário

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como as iniciativas
socioambientais estão no centro das atenções das diretorias das empresas
-especialmente das listadas na carteira do ISE-, não faltará trabalho para os
que se candidatem a gerenciá-las.

Esses novos comitês de gestão
são responsáveis por um leque de tarefas e, onde já havia grupos dedicados a
isso, eles estão ficando mais amplos.

Quem os administra faz quase
de tudo: conhece processos da companhia, pensa em ações integradas, sugere
programas, acompanha os indicadores do ISE, elabora relatórios anuais e atende à
comunidade.

Muitas empresas dão destaque
ao acompanhamento da conformidade com as exigências do ISE, verificadas
anualmente. Ele é eficaz para investidores atestarem que a organização é
sustentável.

“Verifico se o código de
conduta ética é respeitado, se a empresa é ecologicamente eficiente e se
funcionários têm acesso a saúde, educação e segurança no trabalho”, lista
Ricardo Camargos, analista de meio ambiente da Cemig (Companhia Energética de
Minas Gerais).

“Em junho começou a funcionar
um comitê que se reúne mensalmente e é composto de representantes de todas as
diretorias da companhia”, exemplifica Fernando Celso Seden Padilha, especialista
em ambiente da CPFL Energia, que faz parte da carteira do ISE.

“Temos alguns focos de
atuação, como debater a sustentabilidade das hidrelétricas, o controle de
emissão de gases do efeito estufa, o consumo consciente e a biodiversidade”,
diz.

Luís César Stano, gerente de
desempenho em segurança, meio ambiente e saúde da Petrobras, conta que a
companhia está criando novas áreas, como uma coordenação de biodiversidade. “Há
demanda por biólogos, agrônomos e geógrafos, profissionais não comumente vistos
nessa indústria.”
(LV)

Companhias
buscam conselho de consultores

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Consultores também passaram a
ser figuras-chave em companhias interessadas em projetos de MDL (Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo).

“Eles precisam ter embasamento
técnico, curiosidade para buscar novas formas de fazer e competência para
gerenciar projetos”, afirma Fabio Pereira, diretor da Michael Page.

Advogado com uma segunda
formação em administração, o consultor Fabio Feldmann prega que, mais do que
fazer relatórios, o profissional “da sustentabilidade” deve criar uma cultura
dentro da empresa que o contrata. “É preciso gerar espaços de diálogo”, defende.

“O principal desafio [do
consultor] é estudar a cultura de sustentabilidade dentro das organizações”,
diz.
(RGV)

 


Preocupação com clima e poluição abre procura por técnicos

Perfil fica completo com
habilidade administrativa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As empresas que estão focadas
em questões essencialmente ambientais buscam gestores especializados e com
contornos mais técnicos.

Algumas se preocupam com isso
há algum tempo. É o caso de muitas indústrias que já tinham estrutura para fazer
frente aos problemas que geravam -os passivos ambientais.

Carlos Rossin, especialista em
sustentabilidade da PricewaterhouseCoopers, calcula que a indústria brasileira
gaste mais de R$ 400 milhões por ano com esses passivos.

Nesse campo, há espaços
interessantes para profissionais com formação em engenharia e especialização em
tecnologia de controle de poluição, segundo Alcir Vilela Júnior, professor do
Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

Profissionais com formação
técnica -de preferência em engenharia ou relacionada a química e biologia- são
os ideais para ajudar a empresa a lidar com temas mais complexos.

São questões relacionadas a
condições climáticas, ao Protocolo de Kyoto, a permissões máximas para emissão
de gases e sobre como funcionam os ciclos das substâncias no ecossistema -para
saber que impactos os produtos geram no ambiente durante sua produção.

Para Rossin, esse perfil
técnico deve ser complementado com uma visão mais administrativa ou econômica.

Na Natura, por exemplo, um dos
projetos sustentáveis, o Carbono Neutro -que mapeia os gases emitidos pela
companhia, prioriza sua redução e compensa o que não for possível reduzir-,
conta com uma equipe bastante técnica.

Nela estão reunidos dois
engenheiros químicos, um engenheiro agrônomo, uma engenheira de alimentos e uma
bióloga, todos com alguma especialização em tecnologia de impacto e gestão
ambiental ou em sustentabilidade.

Segundo Claudia Falcão,
diretora de pessoas e organização da Natura, ações de sustentabilidade estão
“polvilhadas” pela empresa, assim como os profissionais especializados nelas.

Eles se envolvem em projetos
como os de eficiência energética, análise de impacto ambiental de toda a cadeia
de produção e relacionamento com as comunidades extrativistas dos ativos usados
nos produtos.

 

Currículo multifacetado

Perfil eclético é o maior
trunfo para aproveitar oportunidades ligadas ao realinhamento socioambiental das
empresas.

O segredo é compor a formação
em um arranjo multifacetado, adicionando ao currículo uma pós-graduação ligada a
temas ambientais -um mestrado ou um MBA em gestão ambiental, por exemplo.

As empresas buscam gestores
que se especializem para entender a parte técnica de temas ligados à
sustentabilidade.

Segundo Luiz Augusto Barcellos
Almeida, superintendente de coordenação ambiental e de qualidade da Cemig,
procuram-se profissionais com bom conhecimento da área financeira, de
responsabilidade social e de sustentabilidade. Ele valoriza os que façam a
interação entre sua área e os departamentos de RH e financeiro.

(RGV e LV)

ESPECIALISTA DOMINA A LINGUAGEM VERDE

O gestor ambiental precisa entender, por exemplo, de
emissões de carbono e análise de ciclo de vida de produtos.

 

Crédito sustentável
pede equipe heterogênea

Advogados, biólogos e
geólogos analisam os riscos das operações

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O setor bancário foi o
primeiro a dar sinal verde às ações de sustentabilidade e a sistematizá-las. “É
mais fácil para eles”, avalia o professor José Eli da Veiga, da FEA-USP
(Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo). “Para a indústria, é preciso investimento pesado. Em serviços é mais
barato. O foco é o treinamento.”

Com isso, esse mercado começa
a abrir espaço para profissionais com formações que não tinham ponto de contato
com as finanças, como advogados, biólogos e psicólogos.

Para aproveitar a brecha é
preciso saber como funciona o mercado financeiro e pesquisar muito sobre
sustentabilidade. “Quem não é da área de finanças recebe treinamento”, diz
Carlos Nomoto, superintendente de desenvolvimento sustentável do Banco Real, que
valoriza formações heterogêneas “para entender a sustentabilidade de forma mais
complexa”.

O banco montou um departamento
de desenvolvimento sustentável com profissionais de diferentes especialidades,
que cuidam de projetos sociais e de estratégias e ferramentas de gestão de
sustentabilidade.

No setor de crédito, o banco
tem analistas especializados em avaliar aspectos sociais e ambientais do tomador
de empréstimo. Quanto mais “sustentavelmente correto” ele for, menores serão os
juros. “Temos duas biólogas e uma geóloga no setor”, conta Nomoto.

Segundo Veiga, da FEA-USP,
muitos de seus alunos de economia foram ou estão indo trabalhar nos setores de
sustentabilidade dos bancos.

 

Produtos verdes

As instituições financeiras
também estão atrás de idéias para lançamentos ligados à questão socioambiental.
O Bradesco tem 32 produtos da família sustentável, como um financiamento de
veículos que tem parte da renda doada à ONG SOS Mata Atlântica.

Há um ano o banco criou o
departamento de relações com o mercado, com duas vertentes: o relacionamento com
os investidores e a responsabilidade socioambiental.

Em cada uma há sete
funcionários. São profissionais que têm entre 20 e 36 anos, com formações que
vão desde direito com especialização em gestão do ambiente, saúde e segurança
até processamento de dados com pós-graduação em educação e gestão ambiental.

A área é a responsável por uma
avaliação socioambiental dos fornecedores, que foram convocados a adotar
práticas sustentáveis. Segundo Jean Leroy, diretor do departamento, o peso dessa
avaliação no critério de seleção dos fornecedores cresceu de 5% para 15%.

“Como as diferenças nos preços
são pequenas, esses 15% são muito importantes”, afirma.

Já o Unibanco tem, desde 2003,
uma área de “compliance” e responsabilidade socioambiental que aponta riscos de
grandes projetos do banco com relação à sustentabilidade.

“Avaliamos os riscos legais e
de imagem ligados às operações de crédito”, explica Roberto Nakamura, que
gerencia o setor. Exemplo: conceder crédito a uma empresa que não atende à
legislação ou às normas específicas de seu setor é considerado arriscado.

Sob sua tutela trabalham dois
analistas, ambos advogados. “Isso ajuda, porque é preciso estipular nos
contratos as exigências do banco. Por isso resolvemos ter profissionais com mais
conhecimentos legais”, comenta o gerente.

(RGV)

BB CRIA DIRETORIA E DÁ CURSO A PROFISSIONAIS

Cerca de 2.000 funcionários do Banco do Brasil cursam
MBA de desenvolvimento sustentável.

Cresce
interesse por criação de selo ambiental

Setor de construção civil
começa a buscar certificação sustentável

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma das searas que mais se
desenvolveram com a onda do “sustentavelmente correto” foi a da certificação.

A área de sistemas de gestão
de qualidade já tem 41 entidades certificadoras no país, o setor de gestão
ambiental conta com 22 e o de manejo de florestas soma quatro, segundo o Inmetro
(Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

“Está-se abrindo um campo de
trabalho muito grande”, confirma José Joaquim Amaral Ferreira, diretor de
certificação da Fundação Vanzolini, que faz auditorias de certificação e
treinamento de auditores.

Ele explica que cada norma
técnica exige uma formação alinhada com seu tema. As principais opções de
trabalho estão nos setores de gestão de qualidade, ambiente, saúde e segurança,
responsabilidade social e construção sustentável.

“O auditor de sustentabilidade
tem de ter formação geral em ambiente e entender de mercado de carbono e gestão
de qualidade”, afirma Ferreira.

Mas o mercado é amplo, já que
muitas entidades setoriais, de olho no interesse do consumidor, estão se
empenhando em criar suas próprias normas. Elas não são acreditadas (não têm aval
de um organismo oficial), mas, de acordo com Ferreira, valem como experiência
para os auditores.

 

Construção sustentável

Um setor que cada vez mais
flerta com a certificação sustentável é o da construção civil.

Há dois anos, só dois
empreendimentos buscavam a certificação internacional Leed, que avalia obras com
viés sustentável. Em 2006 eram oito, e neste ano são 30, segundo a presidente do
conselho do Green Building Council Brasil, Thassanee Wanick.

E há pressa: a indústria
imobiliária é uma das que estão chegando atrasadas ao tema, embora seja
responsável por 5% da emissão mundial de gases causadores do efeito estufa.

O profissional mais procurado
é o que sabe avaliar o projeto considerando os impactos que causará no ambiente
e a economia que vai proporcionar. “Precisa saber reduzir custos de forma
inteligente”, diz Wanick.

O empreendimento comercial
Rochaverá, em construção em São Paulo, pretende receber a certificação ouro do
Leed dentro de seis meses. Procurou a Sustentax para fazer o projeto de
certificação.

“Quem vai querer morar em um
prédio com condomínio caro, que afeta a saúde e tem valor venal menor?”,
questiona Newton Figueiredo, presidente da Sustentax.

Segundo ele, o profissional
que pretende ingressar na área, engenheiro ou arquiteto, precisará ter uma
formação holística. “Ele terá de estar aberto para encontrar o equilíbrio entre
a questão arquitetônica e a minimização de gastos, tanto para o empreendedor
como para o futuro morador.”

(RGV)

 

Novas normas abrem
espaço a especialistas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Novas normas saem do forno e aquecem a demanda por
especialistas. Uma das mais recentes, a ISO 26.000, que ainda não foi publicada,
trata de responsabilidade social.

“Auditores experientes em qualidade ou gestão ambiental
vão precisar se reciclar”, afirma Antonio Carlos de Oliveira, gerente-geral de
certificação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A Fundação Vanzolini vai formar sua primeira turma de
auditores em construção sustentável. “O mercado precisa de especialistas em
conforto térmico e produtos para a construção civil”, diz José Joaquim Ferreira.
(RGV)

Cursos dão
panorama ambiental

Pós-graduação prepara para
lidar com questões sobre o tema

 

DA REDAÇÃO

Por natureza, o conceito de
sustentabilidade abraça várias áreas do conhecimento, desde a ecologia até a
economia.

Assim, o que não falta é
assunto para quem está interessado em se aprofundar no tema e se preparar para
lidar com questões socioambientais.

Os programas dos cursos de
pós-graduação nessa seara abarcam desde as primeiras noções sobre gestão
ambiental até um conteúdo mais especializado, como gerenciamento de energia e
direito ambiental.

Quem já tem formação em áreas
técnicas -como biologia, geologia e engenharia- tem como opção fazer
especializações moldadas em conhecimentos de gestão e que dêem uma visão mais
abrangente do tema.

Esse tipo de pós ajuda a
dominar conceitos para gerenciar equipes ou processos na empresa, especialmente
para quem não tem formação em administração e está dando os primeiros passos
nesse campo.

Já os profissionais de gestão
escalados para administrar iniciativas e políticas sustentáveis podem adicionar
ao currículo cursos com perfil técnico ou especializado na área de atuação da
empresa. Uma especialização com faceta mais técnica também ajuda quem pretende
ser consultor nessa área.

Afinal, quando se trata de
sustentabilidade, a diversidade é bastante valorizada no currículo.
Especialmente quando ajuda o profissional a traçar estratégias que integram
diferentes áreas do conhecimento nas políticas socioambientais de sua empresa.
(BMF)


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