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Estado de Minas, 30/05/2006 – Belo Horizonte
MG


Especialista em Estudos
Diplomáticos: Capacidade de pensar globalmente


Pós-graduação prepara estudantes para entenderem
sistema internacional ou ingressar na carreira diplomática

Mariana Fonseca

O mundo está cada vez menor e as relações entre governos,
empresas e entidades internacionais são cada vez mais freqüentes. Por isso,
profissionais capacitados, que compreendam as dinâmicas dessas relações, são
sempre muito bem-vindos ao mercado. Entender a política internacional, questões
do direito em uma sociedade globalizada e os conflitos mundiais não são
habilidades exigidas apenas dos diplomatas. Elas também são necessárias em
vários níveis do setor público, de empresas privadas e organizações
não-governamentais (ONGs). Buscando capacitar profissionais para atuarem nesse
mercado, as Faculdades Milton Campos e o Centro de Direito Internacional (Cedin)
iniciaram este mês as aulas do curso de especialização em estudos diplomáticos.

De acordo com o coordenador do curso, Leandro Rangel, a
diplomacia é a arte de lidar com o diferente, que pode ser usada para múltiplas
finalidades. “Primeiro, vamos preparar os estudantes que quiserem fazer a prova
de admissão para a carreira de diplomata do Instituto Rio Branco”, explica.
       “Outro objetivo é preparar profissionais para entenderem e trabalhar com
o sistema internacional, seja na economia, na política ou no direito. A meta é
que o aluno tenha uma visão ampla para atuar nos setores público e privado.”

O coordenador explica que todas as prefeituras, por exemplo,
têm secretarias de Relações Internacionais, onde pessoas com essa qualificação
podem ser contratadas. “O mesmo acontece com os governos estaduais, que têm que
lidar com fundações internacionais e fazer convênios com empresas estrangeiras.”
No caso de organizações privadas, a especialização pode ajudar profissionais
como advogados e economistas, que lidam com questões relacionadas à conjuntura
internacional: “O especialista na área é necessário até nas ONGs que precisam se
conveniar com fundações internacionais e em pequenos grupos exportadores que
necessitam de conhecimentos de geopolítica”.

SELEÇÃO Exigindo apenas graduação em qualquer área, a
especialização tem duração de um ano, com carga horária de        460
horas/aula. “Vale lembrar que o estudo é intenso e, dependendo da área de
formação, o estudante terá que se dedicar um pouco mais em algumas matérias,
como economia, que é bastante complicada para quem nunca teve contado com o
assunto”, ressalta Rangel. “Nessa primeira turma, temos graduados em áreas
distintas, como relações internacionais, direito, economia, arquitetura,
engenharia e até medicina.” O processo de seleção inclui análise de currículo e
do histórico escolar: “Não exigimos nenhum domínio de língua estrangeira na
seleção, mas boa parte dos textos estudados na especialização são em inglês e em
espanhol”. Entre as matérias ministradas estão direito internacional, economia
brasileira, economia internacional, microeconomia, história do Brasil, história
mundial, geografia, sistema internacional, filosofia, política externa, política
internacional, geopolítica de conflitos, literatura e português. As aulas são
divididas em quatro módulos, com provas no fim de cada etapa, e a produção de
uma monografia para a conclusão do curso. 


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