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     Folha
de
São Paulo,Fovest, quarta-feira, 20 de outubro de 2010


CARREIRA

Sobe procura por professor de teatro

Lei que determina o ensino das artes cênicas nas escolas fez aumentar a
demanda pelo curso

ANDRESSA TAFFAREL, DE SÃO PAULO

Que é preciso gostar dos palcos para cursar artes cênicas, ninguém duvida.
Pode ser interpretando ou trabalhando atrás das cortinas, com direção,
cenografia, figurino ou iluminação das peças, por exemplo.

Mas o que vem mesmo ganhando espaço nos últimos anos são os cursos de
licenciatura em artes cênicas -ou teatro, dependendo do nome adotado pela
universidade.

Por causa da Lei de Diretrizes e Bases de 1996, que torna obrigatório o
ensino de artes -incluindo artes visuais, música, teatro e dança- nos ensinos
fundamental e médio, cresceu a demanda por profissionais especializados na área
e também capacitados para dar aula.

De acordo com o professor Wagner Cintra, da Unesp, hoje a área do teatro
que mais emprega é o ensino. "E não só os licenciados, mas também os bacharéis."

Apesar de não ter uma formação específica para os palcos, quem se forma em
licenciatura também pode trabalhar fora das escolas.

"O registro [para atuar na profissão] não é automático [para quem faz
licenciatura], como é para quem faz bacharelado. Mas professores também podem
pedir, nada impede", explica Ricardo Gomes, docente da Ufop (federal de Ouro
Preto, em Minas).

Para atuar profissionalmente, os formados devem solicitar o registro no
Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos.

FORÇA DE VONTADE

Enquanto as escolas são um mercado de trabalho certo para quem faz
licenciatura, os bacharéis precisam correr atrás de uma vaga no mercado. "É
preciso ter vontade, porque são poucas as oportunidades", diz a professora
Margarida Vine, da UEL (estadual de Londrina).

A opinião é a mesma de Gomes. "O estudante precisa ter perseverança. Ele vai ter
de criar o seu próprio mercado de trabalho."


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