Folha de São Paulo, Especial, quinta-feira, 27 de setembro de
2012
Agrônomo melhora lavoura e criação dos rebanhos
ENGENHARIA AGRÍCOLA DESENVOLVE MAQUINÁRIO
PARA A AGRICULTURA
FERNANDA KALENA, COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A confusão entre carreiras de atuações e nomes parecidos é tão grande que há até
quem preste vestibular para a graduação errada.
Foi o que aconteceu com Ana Clara Araújo, 25. “Olhei na Unicamp e eles tinham
engenharia agrícola. Achei que fosse o que eu tinha escolhido. Fiz a prova, fui
para a segunda fase, mas no final não passei. Ainda bem.”
Ana havia optado por engenharia agronômica -ou agronomia, como o curso é
conhecido-, e a semelhança de nomenclatura a confundiu.
Apesar dos nomes parecidos, as carreiras são distintas e preparam os
profissionais para diferentes tarefas em um mesmo campo de atuação.
A formação do engenheiro agrícola é mais focada em matemática e em física,
enquanto o agrônomo se aprofunda em biologia e em química.
O coordenador do curso de engenharia agronômica da USP, José Otávio Machado
Menten, dá a dica: “Quem gostar mais de cálculos e números deverá optar pela
engenharia agrícola, que só trabalha com a parte de exatas. Já quem prefere
lidar com pessoas e animais no campo terá mais oportunidades na agronômica”.
A parte mecânica da agricultura, de planejamento, de construção e de manutenção
de máquinas é estudada em engenharia agrícola. Levar ao campo propostas para
aumentar a produção, implantar e administrar técnicas e equipamentos são as
principais funções desse profissional.
Já o agrônomo tem como objetivo melhorar diretamente o plantio, a criação de
rebanhos, além da comercialização dessas produções.
Ana acabou se formando em agronomia, no campus Botucatu da Unesp, e pesquisa
sementes de espécies nativas.
“A ideia é trazer melhorias na recuperação de áreas degradadas. Com uma semente
de melhor qualidade, temos uma planta mais forte e com mais chances de
sobreviver.”
1 comentário
Os comentários estão fechados.