Folha de São Paulo, Especial, quinta-feira, 27 de setembro de
2012
Designer de moda pode ser estilista ou modelista
ENGENHEIRO TÊXTIL CRIA O MAQUINÁRIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Lorenzo Merlino, 40, estilista e professor da Faap, não sabia que curso fazer.
Seguiu a orientação da família: foi estudar administração. Aguentou apenas três
meses e abandonou a faculdade.
O interesse por moda e a habilidade no desenho o motivaram para a graduação na
Faculdade Santa Marcelina.
No início do curso, começou a fazer roupas para amigos e a vender algumas peças
na faculdade -e logo ganhou destaque.
Recentemente, teve como clientes as atrizes Kate Winslet, Kirsten Dunst e Maggie
Gyllenhall, licenciando sua marca também para outras grandes empresas do ramo.
Para Lorenzo, "o mercado de moda está muito mais necessitado, com uma demanda
maior por profissionais especializados como engenheiros têxteis, estilistas de
acessórios, de moda praia e masculina". Mas alerta: "O nível de exigência e de
profissionalismo é radicalmente diferente. Hoje é mais difícil."
O engenheiro têxtil é responsável por desenvolver máquinas de fios, de tecidos e
de estamparia para as indústrias do ramo.
Já o tecnólogo em produção têxtil faz o controle de qualidade da cadeia
produtiva, verificando a fiação, a tecelagem, a tinturaria e o acabamento dos
produtos.
O MEC não reconhece a moda como uma área de formação, o que dificulta a
definição de diretrizes dos cursos oferecidos com esse nome. Por isso, é sempre
bom checar as disciplinas oferecidas pelas faculdades.
O design de moda pode oferecer duas habilitações: estilismo e modelismo.
Enquanto o estilista imagina e desenha as roupas, definindo formas e cores, o
modelista transforma as criações do estilista em realidade, materializando o
desenho em uma peça de roupa.
(PIT)
MODELISTA
Profissional que transforma a criação em realidade e que, segundo a coordenadora
do curso de design de moda na Anhembi Morumbi, Eloize Navalon, tem sido bem
remunerado pelo mercado
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