O Estado de
São Paulo, 06
de janeiro de 2013 | 2h 06

Engenharia
de Materiais
– Atuação do profissional tem por objetivo a
criação de novos produtos

CRIS OLIVETTE

Para
cursar o bacharelado em engenharia de materiais, o aluno deve ter
afinidade com
disciplinas de cálculo integral e diferencial, entre outras
de matemática e
física, diz o coordenador do curso da Escola
Politécnica da Universidade de São
Paulo (Poli-USP), Samuel Toffoli.

“Além
disso, deve ter interesse e curiosidade em saber as causas dos
comportamentos
de metais, polímeros (plásticos), materiais
cerâmicos e compósitos (aqueles que
têm pelo menos dois componentes ou duas fases, com
propriedades físicas e
químicas distintas).

A atuação
desse profissional consiste em realizar análise e
caracterização das
propriedades e dos processos de fabricação e
aplicações dos materiais, para o
desenvolvimento de novos produtos. “É essencial o
entendimento dos
processos de fabricação. Por isso, adquirem
conhecimentos que enfatizam as
relações entre microestrutura, processamento,
propriedades e o consequente
desempenho do material em uso.” Segundo ele, também
é possível atuar na
área de pesquisa e de desenvolvimento em universidades e
centros de pesquisa.

O curso
tem estágio obrigatório a partir de terceiro ano.
Toffoli afirma que o mercado
de trabalho já teve altos e baixos, mas ultimamente
está aquecido. “Os
recém-formados têm conseguido boas
colocações.”

salário de
trainee – R$ 5 mil

Duração –
10
semestres

Disciplinas
– Conservação de massa e energia, fundamentos de
cristalografia e difração,
cerâmica física, estrutura e propriedades dos
polímeros

Fui
me interessando cada
vez mais por essa área

Jovem
entrou na Poli para
cursar química, mas lá viu que gosta mesmo
é de ciência dos materiais

O Estado de
S.Paulo

O
estudante Fernando Santos da Cunha, de 24 anos, está no
quinto ano de
engenharia de materiais na Poli/USP, e conta que desde
criança sempre teve
interesse em saber como as coisas funcionavam. “Ao entrar na Poli, eu
pretendia cursar engenharia química. Mas fui me interessando
cada vez mais
pelas disciplinas de ciências dos materiais.”

Segundo
ele, a mudança de rumo foi influenciada pelo crescimento
previsto para a área e
pela falta de profissionais em setores como nanotecnologia,
óleo e gás, cosméticos
e ambiental.

Cunha está
cumprindo as últimas semanas de estágio na
Multialloy, onde trabalha há seis
meses na área de desenvolvimento e
inovação. Em breve, será contratado
pela
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

“Vou
trabalhar na área comercial de
mineração, monitorando o mercado de
minério de
ferro no mundo todo, principalmente na China, e elaborar
projeções de demanda
de diferentes usinas sob o ponto de vista técnico e
econômico.”

No futuro,
o jovem pretende morar fora do Brasil. “Depois, eu gostaria de voltar e
abrir minha empresa na área de materiais.”



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