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O ESTADO DE S.PAULO, 14 Dezembro 2014 3,

Para professora, mercado de trabalho está aquecido para oceanógrafos

CRIS OLIVETTE –


"O mercado de trabalho
está aquecido para oceanógrafos", afirma a coordenadora da graduação em
oceanografia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali-SC), Kátia Naomi
Kuroshima (foto abaixo).


Segundo ela, a busca
pela exploração do pré-sal e o aumento de atividades vinculadas à extração de
recursos marinhos têm gerado oportunidades de trabalho. "Esse profissional é o
mais habilitado para monitorar o ambiente marinho e costeiro, com o objetivo de
detectar possíveis impactos ambientais gerados por estas atividades. O
reconhecimento destes profissionais cresce a cada ano", diz.


Kátia conta que o aluno,
além de produzir conhecimentos por meio de pesquisa, eles podem atuar em áreas
relacionadas à gestão ambiental, recursos renováveis e não renováveis. Ela diz
que estas atividades podem ser desenvolvidas em órgãos públicos, na iniciativa
privada e no terceiro setor, como em ONGs que têm projetos de preservação
ambiental. "Mas os aluno também podem optar por empreender na área de gestão
ambiental."


Mesmo o curso não
exigindo estágio obrigatório, Kátia afirma que a partir do terceiro semestre a
maioria dos alunos começa a trabalhar com os professores da instituição,
realizando atividades vinculadas à pesquisa, extensão e prestação de serviço.
"Eles também procuram estagiar em consultoria ambiental. Esta é uma forma de
adquirirem profissionalismo e se prepararem para o mercado de trabalho."


Prestes a concluir a
graduação, Eduardo Podestá está no 9.º semestre da Univali e faz estágio na Mar
Tethys Levantamentos Oceanográficos e Estudos Ambientais. "É uma empresa que faz
levantamentos oceanográficos e estudos ambientais. Tenho uma rotina extremamente
dinâmica."


Ele realiza trabalhos de
campo, como coleta de dados e manutenção de equipamentos. "Há dias em que o foco
é tratamento, análise e interpretação dos dados coletados. Também participo da
produção de relatórios técnicos e de reuniões com clientes da iniciativa privada
e de órgãos do governo."


Ele diz que a dinâmica e
o trabalho em equipe não deixam o dia a dia ficar monótono. "É muito estimulante
saber que todo dia haverá um novo aprendizado."


Curiosidade. De acordo
com Podestá, a opção ocorreu naturalmente. "Cresci em contato com o mar. Os
oceanos sempre instigaram minha curiosidade. O curso me ajudou a obter repostas
para os meus questionamentos."


O jovem afirma que a
formação oferece possibilidades nas áreas de oceanografia física, biológica,
química e geológica. "Quero atuar na área de geofísica, em projetos de
prospecção sísmica de águas profundas no Brasil e exterior."


Segundo Kátia, o aluno
deve ter espírito investigativo, ser curioso e estar sempre atualizado. "Ele
precisa ser dinâmico, independente, estar disposto a novas experiências. Deve
buscar atividades extracurriculares para enriquecer seu currículo. Não basta ser
exemplar nas disciplinas do curso."


Ela diz que o salário de
profissionais com menos de dois anos de experiência gira em torno de seis
salários mínimos. "Mas isso é muito variável, dependendo das habilidades
adquiridas em atividades extracurriculares, alguns iniciam a vida profissional
com salário bem maior", afirma.


A formação também é
oferecida pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade de São
Paulo (USP) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Categorias: Oceanografia

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