PORTAL APRENDIZ – 19/03/2020 – SÃO PAULO, SP
Covid-19: Guia do UNICEF sobre como proteger crianças e escolas
DA REDAÇÃO
O UNICEF disponibilizou orientações globais para proteger crianças e escolas da transmissão do vírus Covid-19. O documento foi elaborado pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), o UNICEF e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Leia + Coronavírus: como as escolas devem agir
O documento fornece orientações cruciais e uma lista de itens que devem ser verificados para manter as escolas seguras. Também aconselha as autoridades nacionais e locais sobre como criar e implementar planos de emergência para manter as instalações educacionais seguras.
No caso de fechamento de escolas, as orientações incluem recomendações para mitigar os possíveis impactos negativos no aprendizado e no bem-estar das crianças e dos adolescentes.
Isso significa ter planos sólidos para garantir a continuidade da aprendizagem, incluindo opções de educação a distância – como estratégias de educação online e transmissões de rádio de conteúdo acadêmico e acesso a serviços essenciais para todas as crianças. Esses planos também devem incluir as etapas necessárias para a eventual reabertura segura das escolas.
Onde as escolas permanecem abertas e para garantir que as crianças e suas famílias permaneçam protegidas e informadas, o documento solicita:
? O fornecimento de informações às crianças sobre como elas devem se proteger;
? A promoção de melhores práticas de lavagem das mãos e higiene e o fornecimento de suprimentos de higiene;
? A limpeza e desinfecção de edifícios escolares, especialmente instalações de água e saneamento; e
? O aumento do fluxo de ar e ventilação.
A educação pode incentivar estudantes a que se tornem defensores da prevenção e do controle de doenças em casa, na escola e na comunidade, conversando com outras pessoas sobre como evitar a propagação de vírus.
Manter operações escolares seguras ou reabrir escolas após o fechamento exige muitas considerações, mas, quando bem feitas, podem promover a saúde pública. Por exemplo, as diretrizes escolares seguras implementadas na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa durante o surto de ebola de 2014 a 2016 ajudaram a impedir a transmissão escolar do vírus.
O UNICEF está incentivando os sistemas educacionais – estejam as escolas abertas ou atuando de forma remota – a que forneçam aos alunos um apoio integral. Além de explicar às crianças como proteger a si mesmas e suas famílias, é preciso facilitar o apoio à saúde mental e ajudar a prevenir o estigma e a discriminação, incentivando estudantes para que sejam gentis uns com os outros e evitem estereótipos ao falar sobre o vírus.
A nova orientação também oferece dicas e listas de verificação úteis para pais e responsáveis, bem como para crianças e estudantes. Essas ações incluem:
? Monitorar a saúde das crianças e mantê-las em casa, se estiverem doentes;
? Incentivar as crianças a que façam perguntas e expressem suas preocupações; e
? Tossir ou espirrar em um lenço de papel ou na dobra do cotovelo e evitar tocar rosto, olhos, boca e nariz.