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Folha de São Paulo, Saúde, sábado, 03 de março de 2012

Farmacêuticas têm novo código de ética para lidar com médicos

Mudanças no documento visam a reduzir suborno
das indústrias a profissionais

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A indústria farmacêutica mundial apertou seu
código de boas práticas, numa tentativa de acabar com o suborno a médicos,
especialmente em mercados emergentes.

O código foi alterado nesta semana. De acordo
com a IFPMA (Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas,
na sigla em inglês), o objetivo da mudança foi ampliar o código para garantir
"padrões éticos e profissionais".

Isso porque "regalias" e subornos a médicos e
funcionários feitos pelas farmacêuticas estão se configurando como uma ameaça ao
setor.

A Johnson&Johnson, por exemplo, teve de pagar
US$ 78 milhões a autoridades britânicas e dos EUA em abril de 2011 após a
denúncia de pagamentos a médicos na Grécia, Polônia e Romênia.

O novo código da IFPMA estende as regras que
regem o comportamento dos laboratórios e inclui itens que tratam de interações
com instituições médicas e organizações de pacientes, bem como profissionais de
saúde.

O documento também torna mais clara a linha
tênue entre a ajuda promocional e itens de utilidade médica, como presentes que
podem ser concedidos pelas indústrias aos profissionais.

Os pagamentos permitidos para entretenimento,
por exemplo, estão sendo reduzidos no novo código.

Mas ainda será permitido que empresas
farmacêuticas convidem médicos e profissionais de saúde a eventos e reuniões
médicas de natureza científica ou educacional.

"O novo código estabelece um marco regulatório para a
indústria agir com integridade e construir confiança", disse David Brennan,
presidente da IFPMA.


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