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O Estado de São Paulo, 03 de fevereiro de 2013 | 2h 10

Oportunidades para bibliotecários vão além do trabalho tradicional
Biblioteconomia

LEANDRO COSTA

Atuar em qualquer organização onde existam atividades
ligadas a armazenamento e à organização de informações (tanto no ambiente físico
quanto no virtual), como empresas de comunicação, provedores de internet,
arquivos, museus e, é claro, bibliotecas. Essas são algumas das possibilidades
para quem se forma bacharel em biblioteconomia, segundo a coordenadora do curso
oferecido pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA/USP), Vânia Alves Lima.

"Um segmento em expansão é o das assessorias de
serviços de informação. Depois de formados, os profissionais podem atuar de
forma autônoma, inclusive pela constituição de empresas especializadas para a
prestação desse serviço", diz.

O mercado tradicional também deve oferecer muitas
oportunidades para os graduados, dado que uma lei federal prevê que até 2020 o
Brasil precisará zerar um déficit de 130 mil bibliotecas nas instituições de
ensino públicas e particulares.

Vânia diz que a atuação do bibliotecário tem sofrido
alterações com o emprego de novas tecnologias.

"Além das informações que já nascem no ambiente
virtual, existe grande demanda para a digitalização dos acervos, o que tornou
necessário o domínio de softwares e equipamentos para esse fim", afirma.

Salário inicial – R$ 2 mil

Duração do curso – Até 5 anos

Disciplinas – Fundamentos em biblioteconomia e
documentação, geração e uso da informação, análise documentária, informática
documentária.

É preciso ter atenção e paciência para atuar na área

Atendimento a
usuários exige sensibilidade para interpretar demandas e dar aceso à informação

Para a estudante de biblioteconomia Bárbara Silva,
atenção e paciência são as característica mais importantes para quem vai
trabalhar como bibliotecário. "É uma área em que se lida muito com o público e o
atendimento ao usuário é sempre algo muito personalizado, cada um tem uma
necessidade", diz.

Segundo ela, muitas vezes as pessoas não têm clareza
do que precisam. "Então, tenho de ser paciente e me esforçar para interpretar
quais são as necessidades e facilitar o acesso às informações", explica a
estagiária, que atualmente cursa o quarto semestre da faculdade de
biblioteconomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio).

Há sete meses estagiando na biblioteca de um
escritório de direito, Bárbara vê com otimismo as perspectivas para a carreira.
"É uma área na qual até pouco tempo não havia muita procura nos cursos
superiores, consequentemente há pouca gente formada e pouca gente concorrendo às
vagas disponíveis", observa. "Além disso, a área de atuação é ampla. Posso
trabalhar em qualquer lugar onde haja a necessidade de se organizar alguma
informação", avalia.

Os concursos públicos estão entre as possibilidades
que Bárbara vislumbra para o futuro. "Penso em prestar concurso", diz ela,
apesar de reconhecer estar atraída pela área jurídica. /L.C.


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